Vice-prefeito de Lucélia deixa o Partido Verde (PV)
Nossa Lucélia - 14.03.2022


Marcos Vicente Lima já disputou duas eleições ao cargo de prefeito de Lucélia pelos verdes

LUCÉLIA - O vice-prefeito de Lucélia, Sr. Marcos Vicente Lima, deixou o Partido Verde (PV) por divergências com o pensamento da executiva nacional do PV que aderiu a federação com os partidos de esquerda, aderindo ao bloco vermelho.

Marcos Vicente Lima é o atual vice-prefeito de Lucélia e já disputou duas eleições ao cargo de prefeito pelos verdes. 

Além de Marcos Lima, outros membros da executiva municipal do PV deixaram o partido por não concordar com a federação junto ao PT. Segundo informações a prefeita Tati Guilhermino e o vereador Altair Lopes Maciel continuam filiados ao Partido Verde.  

O destino político de Marcos Lima só deverá ser anunciado após o fim do prazo da federação que terminará em 31 de maio. Ao que tudo indica o Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro poderá ser o destino dos verdes de Lucélia, mas há outras opções. 

Historicamente o Partido Verde (PV) teve uma ideologia quase anarquista, a exemplo dos seus irmãos da Alemanha e Holanda, onde os verdes são ferrenhos ecologistas, defensores do meio ambiente. No Brasil, a cúpula nacional do PV segue o pensamento mundial do partido, mas na base o PV teve a adesão de muitos militantes da Renovação Carismática Católica (RCC), grupo da Igreja Católica de tendência de direita contrária ao pensamento político da esquerda.  

O Partido Verde (PV), o Partido dos Trabalhadores (PT), e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), assinaram o termo de federação partidária e assim, todos os partidos envolvidos na coligação nacional devem repetir nos estados e municípios, a federação sob pena de cassação da chapa em casa de descumprimento e perda do fundo eleitoral. Além dos partidos citados, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve aderir ao bloco da esquerda.

É tido como certo a filiação de Geraldo Alckmin Filho ao PSB, mas a filiação do ex-tucano pode ser feita também do PV e ser Alckmin, o vice de Lula.

Geraldo Alckmin deixou o PSDB para ser vice de Lula na eleição deste ano, junto com o ex-governador tucano, outros nomes do PSDB podem abandonar o partido. Agora, PT-PCdoB-PV cuidam do estatuto e de um programa mínimo, enquanto seguem dialogando com o PSB e outras legendas no intuito de ampliar a sua federação de partidos de esquerda. O PL partido do presidente Jair Bolsonaro abriu diálogo de federação com os partidos Republicanos, Pros, PTB, PSC e PP, que podem fazer um bloco dos partidos de direita.  

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) já dialogou com o Cidadania e um  pacto pelo centro democrático, envolvendo outros partidos, como União Brasil (fusão do PSL com o Democratas) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) estão na mesa de negociações. 

O Podemos, partido de Sérgio Moro ordenou a Executiva Nacional do Podemos que autorizou as discussões com o Cidadania visando federação nacional. 

Há conversas ainda embrionárias sinalizam a hipótese da união de três legendas de peso: MDB, Avante e Solidariedade. Em Brasília, os presidentes do MDB, Baleia Rossi, do Solidariedade, Paulinho da Força, e do Avante, Luis Tibé, teriam feito uma discussão, sobre a união das legendas. O debate ainda está em estágio inicial, mas as articulações entre as legendas já vinham sendo cogitada. 

O PSOL de Guilherme Boulos tenta federação com o partido Rede Sustentabilidade de Marina Silva. As possibilidades de haver vários blocos de partidos é real, e só será definida após o prazo final. Até lá é precoce afirmar como ficará o jogo política pelos próximos quatro anos. 

Federações partidárias são equiparadas a partidos políticos, podendo, inclusive, celebrar coligações majoritárias com outros partidos, mas não as siglas integrantes de forma isolada. A lei prevê que todas as questões de fidelidade partidária que se aplicam a um partido se aplicam também à federação. Isso significa que, se um parlamentar deixar um partido que integra uma federação, ele estará sujeito às regras de fidelidade partidária que se aplicam a um partido político qualquer. 

Diferente de uma fusão entre partidos e das coligações, novo tipo de aliança foi regulamentada pelo TSE em dezembro de 2021; regras incluem atuação parlamentar conjunta e determinam período mínimo de quatro anos para os partidos envolvidos. 

A federação partidária consiste na união de dois ou mais partidos com estatuto e programa comuns registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa união atuará como se fosse um só partido antes e depois das eleições. 

As federações de partidos políticos continuarão existindo após o resultado da eleição. Os eleitos pela federação atuarão representando esse "bloco político", pois a Lei 14.208/21 prevê uma duração mínima de quatro anos para a federação partidária. 

Como podemos notar a movimentação política em Lucélia para as eleições de 2024 já estão esquentando com a nova lei eleitoral. O casamento entre PV e PL, coligação vencedora da eleição de 2020 que elegeu Tati Guilhermino terminou, e agora, o PV vai apoiar o PT e o PL ficará com Bolsonaro. Outras coligações existentes em Lucélia na última e eleição deixarão de existir com a nova lei, e novos blocos unindo antigos adversários poderão surgir. Assim, antigos adversários poderão estar juntos no mesmo palanque e aliados estão em lados opostos. 

O prazo para término das federações termina no dia 31 de maio, até lá muita água vai rolar por debaixo da ponte como diz o ditado popular.


Fonte: Marcos Vazniac

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