Promotoria obtém condenação a 22 anos de homem que matou namorada em Lucélia
Nossa Lucélia - 15.07.2022


Réu causou morte ao espancar a vítima. Crime foi em agosto do ano passado

LUCÉLIA - O réu Daniel Carlos dos Reis, que em 7 de agosto do ano passado matou a namorada Nayra Valentim dos Santos em uma propriedade rural situada entre Lucélia e Pracinha, foi julgado em sessão do Tribunal do Júri nesta quinta-feira (14), no Fórum de Lucélia, e condenado a 22 anos de prisão em regime fechado.

Ele foi preso após o crime e aguardava ao julgamento detido no sistema penitenciário estadual. 

Conforme denúncia do promotor de Justiça João Paulo Giovanini Gonçalves, o réu foi considerado culpado pelo crime com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.  Com a sentença, o réu volta ao sistema penitenciário para o cumprimento da pena.

No julgamento desta quinta-feira o Ministério Público do Estado de São Paulo foi representado pelo promotor de Justiça Pedro Vinícius Meneguetti Martins. O júri reconheceu todas as circunstâncias denunciadas pelo Ministério Público.

Conforme destaca o MPSP em seu site oficial, a Promotoria demonstrou nos autos que o réu levou a companheira para a propriedade rural e lá, motivado por ciúmes, discutiu com a mulher, aplicou nela uma "gravata" e passou a agredi-la violentamente com socos e chutes, atingindo-a na cabeça. De acordo com a denúncia, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico com hemorragia cerebral, condições descritas nos laudos periciais, incorporados ao processo.

ESTRATÉGIAS DA DEFESA - No transcurso da ação penal a defesa do réu pleiteou a instauração de incidente de insanidade mental, na tentativa de buscar sua inimputabilidade penal. O pedido foi negado pela Justiça. Outra estratégia da defesa foi tentar esvaziar as qualificadoras atribuída ao réu, argumentando ainda pela aplicação do privilégio da forte emoção, na tentativa de alcançar a redução da pena. Por fim, o réu foi pronunciado para ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, o que ocorreu nesta semana. 

RELEMBRE O CASO - No dia do crime a Polícia Militar foi acionada pelo 190, para atender uma desinteligência. Ao chegar ao endereço informado, a equipe do policiamento abordou o suspeito, que confessou a agressão à namorada. Ele relatou que a moça estava morta, em decorrência das lesões. Depois, o suspeito indicou onde estava o corpo da vítima, disposto em uma propriedade rural às margens da rodovia vicinal.

De acordo com a PM, o local onde o corpo estava era de difícil acesso, cerca de 100 metros de distância de uma estrada de terra que faz junção com a vicinal. O corpo da moça foi encontrado dentro de um buraco, em decúbito ventral (de bruços), já em rigidez cadavérica.

Com a constatação do crime, o rapaz recebeu voz de prisão em flagrante sob acusação de feminicídio, de acordo com o artigo 121, parágrafo 2°, inciso 6° do Código Penal. Preso, foi apresentado ao plantão da Polícia Civil, onde ficou detido, à disposição da Justiça.


Fonte: Aqui Lucélia

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