O Rio do Peixe e sua poesia
Marcos Vazniac - 20 de julho de 2010
A vida palpita qual sino
Tuas turvas águas.
Quantos não conhecem teu cantar,
Nas pedras, nas matas,
Nos teus galanteios e cascatas.
Tantas vezes ouvi teus burburinhos
Na zonza madrugada,
As melodias impetuosas
Das tuas loucas corredeiras.
Não raras vezes cruzei tua velha ponte,
Contornei teus verdes cotovelos,
Tuas esteiras rendadas de lambaris.
O teu lençol marrom na substância se alaga,
Ao longo dos campos, ao longe das cidades.
Rio amigo, amigo rio de minha infância.
Nascente sabida no saber sonhar.
Saudades sentirão por ti os velhos pescadores,
Das tuas inesquecíveis peixadas,
Dos contos de compadres,
Das anedotas noturnas,
Do teu recanto amado.
Sei que o seu destino é
o horizonte,
No azul de outras águas,
O silêncio profundo dos regatos,
Um riste fecundo nas veias ecológicas
Da nossa ribeirinha Alta Paulista.
ANA MARCOS RAMOS / LUCÉLIA/SP
Poesia extraída do livro ...E o Sertão Acabou
Imprensa Oficial do Estado
Autor: José AlvarengaVoltar para a coluna Marcos Vazniac
© Copyright 2000 / 2010 - All rights reserved.
Contact: Amaury Teixeira Powered by www.nossalucelia.com.brLucélia - A Capital da Amizade
O primeiro município da Nova Alta Paulista