Diógenes, o cínico
07 de julho de 2011



Marcos Vazniac - Na Grécia antiga, existiu um filósofo que questionava os deuses do panteão grego, bem como a sociedade que vivia. Seu nome é Diógenes, conhecido como o cínico.

Diógenes pertenceu à escola filosófica denominada cinismo, pois se comportava como um cão, daí a denominação cínico que vem do grego kyon e significa cão. “Os cínicos achavam que viviam em uma sociedade repassada por falsidades, inquietudes emocionais e azafama sem objetivos.” 1

Diógenes, além de dormir como um cão, fazia suas necessidades básicas sem vergonha alguma, como um verdadeiro cão. Apesar de dizer que possivelmente existiam deuses, Diógenes dizia que não devíamos adorar os deuses, pois estes não querem nada conosco ou com ninguém.

Mais um dos episódios durante a vida do filósofo, foi seu encontro com o maior conquistador que o mundo antigo conheceu: Alexandre o Grande da Macedônia.

Alexandre foi educado pelo grande filósofo Aristóteles que desenvolveu a tese primeira do motor inicial que deu origem a tudo no universo. Alexandre teve contato com Diógenes, num dia ensolarado, onde o filósofo estava deitado ao sol.

Alexandre fez uma oferta insidiosa ao filósofo. Disse que daria tudo o que Diógenes lhe pedisse. Seria uma oferta fácil para Alexandre, visto que, o jovem era dono de 90% do mundo até conhecido. Seu vasto império se estendia do mar Egeu, até as fronteiras da Índia. O homem que conquistou de maneira rápida, impérios como Egito, Fenícia, Persas e Judéia, queria com tal proposta recompensar Diógenes pela sua sabedoria, ou afastá-lo dela.

Reza que o filósofo ficou deitado a meditar na sedutora oferta, e respondeu que talvez houvesse algo que quisesse. Pediu, ao homem mais poderoso do mundo na época para que não tapasse o sol.

O senhor do mundo ficou impotente diante da resposta do cínico, e nada pode fazer. “O conselho de Diógenes é que deixemos de nos distrair com realizações, aceitemos o absurdo do universo, estendamo-nos num banco do jardim e tomemos um pouco de sol enquanto for possível.” 2

Diógenes, o homem que procurava com uma lanterna um homem honesto na Grécia antiga, poderia, também, existir no nosso milênio globalizado e materialista.

1- Heth, Jeniffer Michael. Duvida: uma história. Editora Ediouro. Rio de Janeiro.RJ. 2005. pág 52.

2- Herth, Jeniffer Michael, Dúvida: uma história. Editora Ediouro. Rio de janeiro.RJ. 2005, pág. 54.

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