Vinho: O néctar dos deuses
15 de agosto de 2007


Marcos Vazniac - O vinho é uma das bebidas mais popular do planeta. O registro histórico das primeiras plantações de videiras e da origem do vinho remontam sete mil anos, e tem origem na região do Cáucaso, onde atualmente é a Turquia e a Armênia.

A importância do vinho é teológica, pois foi nas bodas de Caná, que Jesus Cristo fez o seu primeiro milagre, transformando água em vinho. Também, na última ceia, Jesus Cristo transfigura seu sangue em vinho, mostrando aos seus seguidores o que deveriam fazer em sua memória.

Na Bíblia o vinho tem algumas passagens interessantes como:
“ O vinho é como a vida para o homem, se o bebes com medida. O que é a vida para quem é privado do vinho? Pois foi ele criado para a alegria dos homens”; Eclesiastes XXXI, 27-28. No Salmo 28, o autor bíblico compara a esposa do justo como uma “ vinha fecunda”. No Antigo Testamento, logo após o término do Dilúvio, Javé manda Noé plantar uma vinha. Diz a Bíblia que Noé se embebedou. No Gêneses XIX as filhas de Lot, embriagam o pai no fito de o seduzir e conseguir uma descendência. Pois se Lot, homem justo, é o signo da aliança preservada em meio à destruição de Sodoma e Gomora, é pelo vinho que ele gerará dois povos, os moabitas e o amonitas, inimigos resolutos de Israel.

Não é só a Bíblia que traz o vinho como sagrado. Na rica mitologia greco-romana, há personagens como Baco e Dionísio, diretamente ligados à bebida. Até mesmo Júlio César e os imperadores de Roma, gostavam muito do vinho, mas foi na Idade Média, que os monges produziam, consumiam e divulgaram o vinho. Os monges beneditinos eram consumidores de vinho. A importância do vinho era tremenda para os monges, pois quem se atrasava na hora das refeições, era privado de beber vinho. O fundador da ordem beneditina concedeu a todos diariamente a bebida.

A bebida chegou a ser citada nos tratados teológicos de São Tomás de Aquino, que considerou que os crimes cometidos em estado de embriaguez eram pecados menores, a violência conjugal, rixas e homicídios provocados pelos vinho eram freqüentes. Para o santo teólogo, os crimes cometidos em estado normal era considerado mais grave, pois a embriaguez diminui o pecado. As grandes monarquias européias se fartavam em banquetes regados a muito vinho.

A Inglaterra, país industrial que dominou a era da Revolução Industrial, não produzia vinho. A bebida era importada da França, país cujos vinhos são reconhecido até hoje como os melhores do mundo.

O gosto dos ingleses pelo néctar dos deuses foi tanta, que a durante a grande rivalidade entre a França de Napoleão Bonaparte e a Inglaterra, a rivalidade acabou caindo sobre os vinhos franceses. A França decretou o bloqueio continental à Inglaterra, que por sua fez boicotou os vinhos franceses. Assim, Portugal, assinou com a Inglaterra, o Tratado de Methuen, onde a Inglaterra se responsabilizou pelo consumo do vinho do Porto, famoso hoje em todo mundo graças aos britânicos. Hoje, os principais produtores de vinho do mundo são: França, Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Grécia, Croácia, Hungria, Califórnia (EUA), Argentina, Chile, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Destaque também para Romênia e Uruguai.

No mercado internacional, não podemos deixar de frisar a grande participação dos vinhos brasileiros. A região da serra gaúcha é a principal produtora nacional, seguida das vinícolas da região paulista de São Roque e do Vale do São Francisco. Hoje, alguns dos melhores espumantes do mundo são produzidos no Brasil. Não sei se você tem preferência pelos vinhos tinto, branco, rose ou espumante. Mas a casta de vinhos encontradas nas diversas adegas, supermercados e shopping center é imensa.

O vinho desde a sua origem esta presente nos banquetes, restaurantes, festas e mesa de bar. O vinho ainda hoje é celebrado como bebida rara, onde os amantes preferem uma boa taça, para iniciar uma noite.

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