Na janela do Tempo
São Paulo - 28 de agosto de 2008

Nelson Martinez - Naqueles tempos que não voltam mais, ficou a saudade da infância vivida na esquina da rua Pará com a rua Argentina. Quanta saudade do meu pé de romã, e da inveja do Osvaldo dono do pé de laranja lima, que só dava fruta doce, daquelas “bitelas” de lamber os “beiços”.
O leiteiro, que deixava o litro, tampado com a palha de milho, no batente da janela, o “bucheiro” Evaristo, irmão do “Rebolo” tocando sua corneta sempre atrapalhando nossa pelada, com bola de capotão que durava até o anoitecer.
Naquela vida gostosa de moleque descobrindo as coisas boas da vida, tinha também seus tropeços provocados pelas “artes” e isso era fatos diários, quanta dor de cabeça para a dona Zefa.
Na rua Pará, tinha os melhores amigos, os filhos da dona Brasiliana, Claudino, e o Lunga, filho do Luiz alfaiate, o Ricardo Tolvo e o Luizinho, o Segundo Grupo Escolar e tantos outros que a memória não consegue mais recordar.
Na rua Argentina, a padaria Seleta, bem na esquina da Rua amazonas, o ponto das Charretes ao lado do Banco da Bahia.
No filme, da nossa historia, ”Lucélia” ficou registrado na minha memória cada momento em que pude aprender a viver, crescer, amadurecer e desenvolver o sentimento, amizade e saudade.

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