Divisa permanece sem policiamento
Nossa Lucélia - 29.11.2012
A divisa é rota de acesso a outros estados da União e ainda de países como a Bolívia e o Paraguai
PAULICEIA – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou que, a partir do dia 19 de novembro, seria realizada a “Operação Fronteira”, com o objetivo de intensificar a segurança nas divisas do Estado e impedir a entrada de armas e drogas que abastecem o crime organizado em São Paulo.
No entanto, a promessa feita pelo representante máximo do Estado não está sendo cumprida, pelo menos na divisa de São Paulo com o estado de Mato Grosso do Sul, entre os municípios de Paulicéia (SP) e Brasilândia (MS).
A reportagem esteve ontem, entre as 9h50 e 10h10, na ponte Paulicéia/Brasilândia sobre o Rio Paraná, que liga os dois estados, e não constatou nenhum tipo de policiamento no local, o que se pressupõe que caso algum infrator quisesse transportar algo ilícito naquele momento, não haveria nenhum impedimento no trecho. No lado sul-matogrossense, também não havia nenhum tipo de operação policial.
A divisa é rota de acesso a outros estados da União e ainda de países como a Bolívia e o Paraguai. Boa parte das drogas e armamentos que abastecem o crime organizado de São Paulo pode por aquele trecho.
A PONTE – A ponte de Paulicéia/Brasilândia está localizada no km 4,5 da SPV 11- entroncamento com a BR 158/SP e fica a 154 km de distância de Presidente Prudente. Dentro do território do Estado de São Paulo, o posto policial da Polícia Militar Rodoviária mais próximo da ponte fica a 48 km de distância, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), na cidade de Dracena.
Próximo à ponte, no lado paulista, existe um Posto de Fiscalização Interestadual que pertence ao governo do Estado de São Paulo, porém é vinculado ao Escritório de Defesa Agropecuária de Dracena (órgão ligado à Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo). “Nós somente fiscalizamos animais e vegetais que entram e saem do Estado. Não temos força policial para a fiscalização de armas e drogas”, reforçou o diretor do Escritório de Defesa Agropecuária de Dracena, Deusdeli Ferreira.
Fonte e foto: Oeste Notícias (PP)
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