Nova sede do Creas que será inaugurada nesta quarta-feira leva o nome da Dona Lazinha
Nossa Lucélia - 26.10.2015
Maria Lázara Porto Zina, "Dona Lazinha", desde que se mudou para Lucélia, sempre, teve sua atenção voltada para a assistência social
LUCÉLIA - A Prefeitura de Lucélia realizará nesta quarta-feira (28), às 09 horas, a cerimônia de inauguração da nova sede do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), localizado na Avenida Antônio Chavarelli, 1.376, que será denominado “Maria Lázara Porto Zina – Dona Lazinha”.
A construção da sede própria foi realizada por meio de convênio com o Ministério de Desenvolvimento Social no valor de R$ 351.126,47, sendo R$ 280 mil por parte do Governo Federal e R$ 71.126,47 de contrapartida da municipalidade.
O Creas é uma unidade pública estatal responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Para isso, envolve um conjunto de profissionais e processos de trabalho que devem ofertar apoio e acompanhamento especializado. O principal objetivo é o resgate da família, e dos direitos violados, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros.
O Creas em Lucélia é composto por uma coordenadora/diretora; psicóloga, assistente social, monitora, advogado, motorista, auxiliar de serviços e artesã.
HOMENAGEADA - Maria Lázara Porto Zina, mais conhecida como Dona Lazinha, nasceu em 13 de novembro de 1922, em Palmital/SP. Com 20 anos de idade, casou com Chaibe Zina (falecido), tendo em seguida se mudado para a cidade de Presidente Prudente, local onde residiu por alguns anos.
Em 1963 mudou para Lucélia, juntamente com o marido, que na época foi convidado para ser um dos gerentes da Cia. Paulista de Óleos Vegetais/COMPOL, que tinha como proprietário o Sr. João Garcia Maldonado (falecido), que também foi um dos prefeitos de Lucélia.
Dona Lazinha, faleceu no dia 11 de novembro de 2014, faltando apenas dois dias para completar 92 anos. Teve três filhos, Cheibe Zina (falecido), Amir Zina e Omar Zina que reside em Cuiabá.
Assim que se instalou em Lucélia, dona Lazinha, teve sua atenção voltada para a assistência social e juntamente com algumas senhoras filantropas, iniciou e coordenou a tarefa conhecida como “Campanha do Quilo”, realizada de casa em casa, com a participação e colaboração de muitas pessoas da cidade, que doavam mantimentos, os quais eram doados às famílias carentes, devidamente cadastradas pelas referidas senhoras.
No final de cada ano, as famílias eram contempladas com uma cesta de Natal, que eram organizadas com o resultado financeiro obtido através de arrecadação de numerário mediante “Livro Ouro”, que sempre contava com a colaboração dos empresários de Lucélia. Esse trabalho ou atividade social perdurou por muitos anos.
Posteriormente, preocupada com a situação das gestantes carentes, iniciou em 1974, juntamente com o mesmo grupo de senhoras e outros voluntários, o Clube de Mães “Salime”, sendo que, em 2010, foi feita uma alteração e adequação do Estatuto Social da Entidade de acordo com o Novo Código Civil, cujos documentos foram devidamente registrados no Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos E Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de Lucélia.Os objetivos do Clube perduram até hoje, como sendo: atender às necessidades de gestantes carentes com orientações gerais sobre a gestação e educação de filhos, além da doação de um enxoval básico para o bebê, ao final de cada curso, sem distinção de raça, condição social, credo político e religioso. As atividades foram e continuam sendo desenvolvidas no prédio do Centro Espírita “Allan Kardec”, sito na Rua João Abílio de Menezes nº 416.
Cada curso tem a duração de dois meses e meio, totalizando quatro cursos ao ano e funcionam todas as quintas-feiras, das 14h30 às 16h30. São ministradas dez aulas em cada curso e, ao final de cada uma, é servido lanche feito pelas voluntárias.
Terminado o curso, as mães recebem, gratuitamente, o enxoval do recém-nascido, cujas peças, no seu início, eram feitas à mão, diretamente pelas voluntárias, que utilizavam, na época, máquinas de costura.
Depois de alguns anos, o referido material passou a ser comprado diretamente nas lojas, com recursos angariados via campanhas beneficentes.
Concomitantemente com as tarefas da “Campanha do Quilo” e do Clube de Mães “Salime”, periodicamente, foram atendidas muitas famílias carentes, em atividades isoladas, de acordo com as possibilidades e recursos disponíveis, ou seja, foram atendidas muitas famílias que não faziam parte do cadastro e que eram supridas parcialmente em suas necessidades, conforme o grupo social, liderado pela Dona Lazinha.
Numa ocasião específica também foi angariado material de construção e uma família carente conseguiu o sonho da casa própria, graças à iniciativa e empenho de Dona Lazinha.
Como meio de arrecadação de fundos, para suprir as necessidades do Clube, funcionou no local, durante muitos anos, o bazar da pechincha.
O trabalho foi notável, uma vez que durante essa época, os programas sociais governamentais ainda estavam sendo implantados.
Fonte: Assesseoria Comunicação da prefeitura de LucéliaVoltar para Home de Notícias
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