Lucélia é uma das cidades do Estado de São Paulo com presença de imigrantes alemães
Nossa Lucélia - 19.08.2017


A constatação e prova da existência dos imigrantes alemães em terras lucelienses são os resquícios de um cemitério abandonado na bairro Colônia Paulista


LUCÉLIA - A cidade de Lucélia é uma das aproximadamente 100 cidades do Estado de São Paulo com presença da colonização alemã em sua formação histórica. Ao lado de cidades como Maracaí, Bauru, Assis, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Araçatuba, a cidade de Lucélia foi colonizada, na década de 1.920, por imigrantes oriundos da Alemanha. Boa parte da documentação das famílias pode estar em arquivos, como na cidade de Araçatuba.

A constatação e prova da existência dos imigrantes alemães é os resquícios de um cemitério abandonado, na atual Colônia Paulista, que fica na vicinal Paschoal Milton Lentini,  estrada que liga Lucélia ao Salto Botelho.

Apesar do abandono e do descaso, no local há ainda alguns túmulos de brasileiros, suíços e alemães que faleceram e foram lá sepultados.

O Sr. Luiz Delfino Cardia, Curador Cultural XXIII Brooklinfest 2017  da Associação dos Empreendedores e Moradores do Brooklin na cidade de São Paulo, presidida pelo presidente Pietro Iaconelli, esteve na cidade de Lucélia, visitando o antigo cemitério e, na cidade de Lucélia, entrevistou algumas famílias com nome alemão que ainda moram por aqui. O curador Luiz Delfino adorou ter conhecido a cidade de Lucélia, com sua rica História e seus personagens.

Na residência das famílias Süske e Latzke o pesquisador pôde constatar documentos inéditos sobre a presença alemã na Colônia Paulista. Além de documentos escritos em alemão, é possível ver fotos antigas ainda em preto e branco da comunidade germânica, cartas traduzidas do alemão que explicam como era a vida no meio da mata virgem; documentos da imigração, passaporte e muita história preservada por duas famílias que moraram na Colônia Paulista, e hoje residem na cidade de Lucélia. Outras famílias como Ipsen, Fritz e o Sr. Emile Lutz também foram visitadas pelo pesquisador de São Paulo.

O curador do evento em São Paulo, pretende homenagear ambas as famílias no evento XXIII Brooklinfest 2017, que será realizado na cidade de São Paulo, no mês de outubro.

Na noite da última segunda-feira (14), no Centro de Formação Profissional de Lucélia, antigo Centro de Ensino, O Sr. Luiz Delfino Cardia, participou da reunião ordinária do Comtur (Conselho Municipal de Turismo), onde conheceu os trabalhos realizados no município, e falou para os membros do Conselho, sobre sua visita à cidade de Lucélia. Ele observou o incrível potencial turístico de Lucélia, e sentiu falta de um museu municipal para guardar a memória dos antepassados.

Luiz Delfino falou também da pesquisa de campo realizada juntamente com o historiador Marcos Vazniac, onde foi ao antigo cemitério da Colônia Paulista, e entrevistou familiares de origem germânica, que residem na zona urbana de Lucélia.

O visitante comentou que pretende fazer uma homenagem à cidade de Lucélia nos dias 21 e 22 de outubro no evento XXIII Brooklinfest 2017, que será realizado no Brooklin, na cidade de São Paulo. Além da cidade e das famílias descentes de imigrantes alemãs, o historiador Marcos Vazniac, também será homenageado no evento, juntamente com outros historiadores que pesquisam a imigração alemã no Estado de São Paulo.

Foi comentado na reunião que existe a possibilidade futura de parceria que a  cidade de Lucélia pode fazer entre cidades irmãs, já que Lucélia teve forte influência de importantes nações como Japão, Suíça, Rússia, Bulgária, Ucrânia e Rússia.

De fato Lucélia tem uma cidade com forte história e pontos atrativos turístico de rara beleza como Salto Botelho, a Igreja Matriz da Sagrada Família, o Mosteiro, o Tênis Clube de Lucélia entre outros.

CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO - Durante a Segunda Guerra Mundial de 1939 a 1945, no Brasil haviam campos de concentração destinados a aprisionar os membros do Eixo, Japão, Itália e Alemanha. Nas cidades paulistas de Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Pirassununga, Bauru e Ribeirão Preto existiam campos de concentração construídos pelo governo Vargas, destinados aos alemães.

WINDHUK - No dia 7 de dezembro de 1939, o navio alemão Windhuk aportou em Santos fugindo da marinha inglesa. O Windhuk, uma embarcação de turismo luxuosa, com capacidade para 600 pessoas, abrigava no momento 250 tripulantes, entre engenheiros, médicos e marinheiros que viajavam da Alemanha para a África do Sul. Os outros passageiros ficaram na Cidade do Cabo.

Em 1939, o Brasil estava neutro em relação à guerra, mesmo assim, o navio foi detido em Santos, e sua tripulação, proibida de deixar o país. Os alemães residiram no navio até 1942, quando, Getúlio Vargas declarou posicionamento contrário ao Eixo. Então, 244 passageiros do Windhuk foram presos e encaminhados para São Paulo, para a Casa de Detenção, no Carandiru.

Como o governo brasileiro não podia manter os estrangeiros detidos como presos comuns foram instalados prisões provisórias em Pirassununga, Bauru e Ribeirão Preto, até as obras dos campos de concentração em Guaratinguetá e Pindamonhangaba fossem concluídas. A maior parte dos tripulantes estava na faixa dos 20 anos.


Fonte: Marcos Vazniac

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