Faculdade privada de Lucélia fecha as portas e deixa alunos sem diploma
Nossa Lucélia - 17.03.2018


A instituição de ensino superior, que anunciou que este ano não funcionaria, porém manteria a secretaria atendendo para suporte dos estudantes, fechou na última semana sem aviso prévio


LUCÉLIA - O fechamento de uma faculdade privada em Lucélia, a Cealpa (Centro de Ensino da Alta Paulista), deixou os alunos indignados e sem diploma. A instituição de ensino superior, que anunciou que este ano não funcionaria, porém manteria a secretaria atendendo para suporte dos estudantes, fechou na última semana sem aviso prévio.

O fato criou revolta nos estudantes, como em Gustavo Custódio, de Mariápolis, que cursava Radiologia. “Ficamos sabendo do fechamento da faculdade em matéria que foi compartilhada no Facebook. Depois de uns dias, a diretora marcou uma reunião e nos avisou que a unidade seria realmente fechada, ficando em nossa responsabilidade até a transferência para outra faculdade, no caso do meu curso, Radiologia, seria os mais próximos em Marília ou Presidente Prudente. No encontro com os alunos, prometeram ficar com a secretaria aberta durante todo o ano para dar suporte aos alunos. Mas, fecharam, sem nenhum aviso, de forma escondida”, diz, revoltado.

O estudante, que entrou na faculdade em 2016 e terminou o curso ano passado, porém falta completar os estágios para se formar, utilizou uma rede social para denunciar o caso. “Diferente de outras instituições, tínhamos que correr atrás de tudo, até dos estágios, dificultando a conclusão de todas as horas necessárias. E agora isso, estamos sem saber o que fazer, só queria meu certificado”, pontua Custódio, que completa: “não foi nada fácil enfrentar por tudo que passamos, pagar e se dedicar para não chegar a nenhum lugar”.

O caso é similar de Gustavo Martins, de Adamantina. Ele, que entrou na faculdade em 2016, começou cursando o segundo ano de Radiologia para depois ir para o primeiro. “Tinha pessoas do primeiro e segundo ano na mesma sala”, conta.

Martins também finalizou o curso, mas falta a conclusão dos estágios. “Quando fiquei sabendo que o curso iria fechar, fui até a secretaria da escola pedir informação e a diretora informou que realmente iria fechar, mas que a faculdade ficaria disponível até o final de 2018, então daria tempo de terminar meus estágios.  Mas, semana passada, tive uma péssima notícia, que a faculdade fecharia dia 9 de março. Tentei ligar, ninguém atende, fui até lá e a direção fala que não pode informar nada, pois a faculdade fechou”.

Outra estudante que está revoltada com a situação é Rayra Manoel. “Entre em 2017 e também estranhei a maneira que a sala era formada, nunca vi uma faculdade ou escola técnica que seja reunir alunos de diversos módulos numa mesma sala. De quando entrei, em janeiro do ano passado, já começou os problemas, aulas vagas, a faculdade não dava assistência, tudo que a gente precisava, era nós que tínhamos que ir atrás, não tínhamos auxílio nem na montagem da pasta de estágio. Fiquei de dependência de uma matéria e não consegui completar a pasta de estágio, e nem os estágios de Odonto por que as clínicas não aceitam. Fiquei sabendo do fechamento pelo Facebook, e na mesma semana liguei na faculdade pra tentar saber algum posicionamento da faculdade, mas a diretora falou que teríamos que aguardar, pois nem ela sabia ao certo como ficaria nosso caso. Depois de quase 15 dias marcaram uma reunião com a gente, que não virou nada, não resolveu problema nenhum e eles nos deram como alternativa continuar o curso em Dracena. Liguei lá e a faculdade nem sabia do caso e também não tem mais o curso em andamento”, explica.

Devido ao impasse, os alunos acionaram seus advogados em busca de uma solução para os casos. “É uma falta de respeito, de compromisso com nós, alunos, que nos esforçamos, enfrentando barreiras durante estes dois anos. Sou de Salmourão, pegava ônibus todos os dias, chegava tarde em casa pensando que teria um diploma na mão, mas não foi o que imaginava”, diz Rayra. “Estou atrás dos meus direitos, por que é uma falta de compromisso e responsabilidade com nós alunos”, finalizou Martins.

O Jornal Impacto ligou por diversas vezes na instituição, no telefone que consta no site da faculdade, mas ninguém atendeu.


Fonte: João Vinícius _ Do Gi Notícias

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