Rebelião em Lucélia: Presos mantem sete reféns, entre eles três defensores públicos
Nossa Lucélia - 27.04.2018


Tropa de choque foi enviada da capital para Lucélia


LUCÉLIA - Presos rebelados em Lucélia mantém sete pessoas reféns, entre elas três defensores públicos foram feitos reféns nesta quinta (26) em uma rebelião na penitenciária de Lucélia. Os outros reféns podem ser outros sentenciados, mas nenhum funcionário do sistema prisional.

O motim começou à tarde, durante o banho de sol. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), cinco defensores entraram por volta das 14h nos pavilhões três e quatro da unidade. Vinte minutos depois, três deles foram rendidos.

Os outros dois defensores e os demais funcionários da unidade deixaram a penitenciária tão logo a rebelião começou, de acordo com a secretaria. Os detentos teriam ainda quebrado as portas que separam os galpões para liberar os presos dos outros pavilhões.

A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Grupo de Intervenção Rápida, juntamente com o diretor da penitenciária e o coordenador das unidades prisionais da região, estão negociando com os detentos.

A SAP informou que os defensores foram avisados de que, como era o horário do banho de sol dos presos, não seria seguro entrar, mas que eles teriam insistido na entrada. Por norma, defensores públicos e juízes possuem acesso irrestrito às unidades e não podem ser barrados.

A Defensoria Pública, por meio da assessoria de imprensa, informou que se mantém em contato permanente com a SAP e com os policiais e secretarias de governo envolvidos na operação.

As negociações foram encerradas à noite com corte nos fornecimentos de água e energia elétrica dentro da unidade aos sentenciados. O diálogo seria retomado hoje pela manhã. A penitenciária de Lucélia tem capacidade para 1.440 presos. No momento, tem 1.820 internos.

TROPE DE CHOQUE FOI ENVIADA DA CAPITAL PARA LUCÉLIA - A Tropa de Choque da Polícia Militar foi enviada da capital para Lucélia.

Informações de fontes dão conta de que três ônibus com policiais militares especializados em intervenções de distúrbios sociais foram encaminhados para a Alta Paulista no sentido de dar apoio às autoridades locais e contornar a situação.

INCÊNDIO - Também foram observados focos de incêndio dentro da unidade. A Polícia Militar foi acionada por volta das 14h20 e mandou equipes para o local. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que é uma espécie de "tropa de elite" para atuação em situações críticas no sistema prisional paulista, também foi acionado para o atendimento da ocorrência e tentar controlar o motim.

O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) informou que três diretores da instituição se deslocaram para a unidade prisional para acompanhar o caso. "As primeiras informações deram conta de que não houve agente penitenciário refém", informou o sindicato em seu site oficial.

O helicóptero Águia da Polícia Militar está no local auxiliando a ocorrência. O Corpo de Bombeiros de Adamantina informou que todo o efetivo da corporação foi deslocado para a penitenciária, inclusive os que estão de folga. Uma viatura do Resgate e um caminhão auto-tanque dos bombeiros foram deslocados para a unidade.

Familiares de presos informaram que os rebelados reivindicam melhores condições para o cumprimento de suas penas na unidade.

PROFESSORA - Na quarta-feira (25), uma professora da rede estadual de ensino foi flagrada ao tentar entrar com dois microcelulares na Penitenciária de Lucélia. Um dos aparelhos estava escondido na calcinha da mulher e o outro em uma bolsa.

De acordo com as informações da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, durante procedimento de revista dos servidores, uma professora vinculada à Escola Estadual José Firpo, que prestava trabalho educacional aos presos da unidade, foi submetida ao aparelho de scanner corporal, onde foi identificado um objeto estranho em seu corpo.

Ao ser questionada, a professora assumiu estar com um objeto ilícito. Em um lugar reservado e na presença de uma agente de segurança penitenciária feminina, a mulher retirou o invólucro de dentro de sua calcinha, onde foi constatado que se tratava de um microcelular. Ela informou que recebeu o aparelho no último sábado (21), no Terminal Rodoviário de Lucélia, e que o entregaria a dois presos, ambos alunos matriculados no ensino médio, conforme a SAP.

A direção da unidade prisional comunicou a Polícia Militar, que foi até o local e realizou a vistoria no veículo em que a professora chegou à penitenciária. O carro era de outra professora, que deu carona à mulher que foi flagrada com o aparelho. Segundo a secretaria, nada de irregular foi encontrado no automóvel, porém, na bolsa da educadora flagrada no scanner, foi encontrado outro microcelular.

A PM levou a mulher, junto com dois agentes penitenciários, até sua residência e realizou buscas no imóvel. Em seguida, ela foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Civil.

De acordo com a SAP, os presos que receberiam o microcelular foram encaminhados, previamente, ao pavilhão disciplinar e responderão a procedimento de apuração preliminar. A unidade também instaurou procedimento de apuração preliminar para averiguar possível envolvimento funcional no fato ocorrido, segundo a pasta estadual.


Fonte: Do OCNet _ Colaboraram Folha de São Paulo e G1

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