Familiares e advogado esperam por negociações na penitenciária de Lucélia
Nossa Lucélia - 27.04.2018


Um dos diretores da unidade é acusado de oprimir os detentos


LUCÉLIA - Permanece inalterada a situação na penitenciária de Lucélia. Não houve acordo entre a Secretaria de Administração Penitenciária e os sentenciados,  que permanecem em motim desde a tarde de ontem (26).Pelo menos sete pessoas são mantidas reféns, entre as quais três defensores públicos.

Os detentos destruíram praticamente todas as dependências no interior da penitenciária de Lucélia, localizada na vicinal Pascoal Milton Lentini, a conhecida vicinal do Salto Botelho.

Não houve fugas até agora, mas os presos colocaram fogo principalmente em colchões e outros objetos. Após o movimento, que foi iniciado ontem por volta de 14h30, todos os funcionários do sistema prisional foram retirados da unidade.

Hoje pela manhã três ônibus com membros da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo chegaram vindos da capital e estão prontos para intervir, caso seja necessário.

Além disso o efetivo do 25º Batalhão da Polícia Militar com sede em Dracena está de prontidão, o Corpo de Bombeiros de Adamantina está todo empenhado na rebelião, o que inclui até mesmo os policiais de folga.

O GIR (Grupo de Intervenção Rápida) da Secretaria de Administração Penitenciária está também mobilizado desde ontem.

Hoje pela manhã a reportagem esteve na porta da penitenciária e ouviu familiares e um advogado dos presos. A Secretaria de Administração Penitenciária só fala através da assessoria de imprensa.

Familiares acusaram a direção da unidade de não respeitar o direito dos sentenciados no cumprimento das penas.

“Eles[detentos] querem o básico, como comida, remédio pois tem muita gente doente lá dentro, inclusive funcionários. Uma morreu de H1N1. O Donizete [diretor de disciplina da unidade], não escuta eles. O que a gente está falando não é exagero. Os presos não estavam aguentando mais tanta opressão”, disse Camila, que tem o marido na unidade.

O advogado Allan Kardec, da OAB de Panorama (região da Alta Paulista) também falou.

“Estou desde ontem para prestar apoio à Defensoria Pública sobre a liberação dos reféns e, também, para garantir a integridade física dos presidiários. As negociações continuam”, disse o advogado.

Segundo o advogado, as negociações caminham bem e existe uma expectativa sobre uma manifestação mais segura das reivindicações dos presos.

“Estamos para aqui para subscrever qualquer acordo firmado entre a defensoria pública, secretaria de justiça e secretaria de segurança pública, para emprestar garantias aos presidiários depois da liberação dos reféns”, explicou Kardec.

O diretor citado na gravação pela familiar de um sentenciado estava no local, mas não falou com a imprensa.


Fonte: Do OCNet

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