Carlos Junior faz balanço da gestão e afirma: "decisão sobre reeleição só ano que vem"
Nossa Lucélia - 24.06.2019


Carlos Ananias Junior completa dois anos e meio a frente da Prefeitura de Lucélia destacando avanços

LUCÉLIA - Amado por uns, não tão bem visto por outros. Em meio a polêmicas, Carlos Ananias Junior completa dois anos e meio a frente da Prefeitura de Lucélia destacando avanços. Em entrevista ao Impacto, o gestor não foge das questões controvérsias, a não ser uma possível reeleição, decisão que deve tomar apenas no próximo ano.

Impacto – Qual balanço faz destes dois anos e meio a frente da Administração Municipal?
Carlos Junior
– A palavra é consertar. Não existe significado melhor para expressar o trabalho desde dois anos e meio. Consertar Lucélia que estava toda quebrada, por exemplo, de 100% das ruas que estavam com problemas estruturais, pelo menos 80% foram recapeadas ou receberam operação tapa-buracos.

Quando entrei minha prioridade era infraestrutura, educação e saúde. Sabemos que são problemas que todos os municípios enfrentam, são difíceis de resolver no atual panorama do país. Porém, em Lucélia tivemos muitos avanços. Retomamos a fábrica de recapeamento, a mini usina, então se compra o material e o próprio funcionário realiza o tapa-buraco, tendo custo baixo para Prefeitura. Recebemos mais de R$ 2 milhões em emendas para recapeamento.

Tive muita ajuda dos deputados, graças a Deus, pois sou um prefeito totalmente apartidário, abri a Prefeitura para todos os parlamentares. Se pensasse apenas nos deputados do meu partido, os recursos seriam limitados.

Na área da Saúde, conquistamos 10 novos veículos, como ônibus, vans e micro-ônibus. Outro destaque são as emendas conquistadas para custeio de medicação. A Santa Casa, que devia R$ 10 milhões, gastamos R$ 6 milhões lá dentro. Na Educação, Lucélia foi referência no IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] na região.

Estamos abrindo os braços para o esporte. Não estou preocupado com o esporte lá fora, mas, sim, dentro da minha cidade, que tira a criança de situações de risco. Sempre pensei na igualdade, na justiça, e isso é um diferencial.

Conseguimos fazer muita coisa, porém o tempo passa muito rápido. Temos que ter uma visão panorâmica, da gestante ao idoso, de todos os setores da cidade. Não centralizo, falo o que quero para cada setor que gere o melhor naquela área para população. Então não tivemos dificuldades.

Impacto – Sobre gestão descentralizada, como avalia sua equipe de comissionados?
Carlos Ananias
– Na administração não centralizo tudo em mim. Muitos cargos mantive da ex-gestão, pois não vivo de politicagem. Independente do partido, vejo o profissional, o serviço prestado a comunidade. Não persegui nenhum funcionário. Acreditei na experiência aliada a juventude.

Lucélia elegeu um prefeito homossexual, de 37 anos, então porque não acreditar nas pessoas jovens? Por exemplo, minha secretária de Educação, que estudou comigo no ensino fundamental, uma pessoa humilde, que sofreu muito preconceito. E quando a vi dando aula, superando todos os desafios, percebi o potencial para gerenciar o setor da educação.

Na Assistência coloquei uma pessoa de família humilde. No Meio Ambiente, dei também oportunidade. Fui muito feliz nos cargos de confiança, acreditei nas pessoas, tive receio de não dar certo, mas sempre acredito que todos são capazes.

Agora, abrangendo os funcionários, os cerca de 700 servidores tiveram aumentos nos vales-alimentação e no 14º salário. Sempre primei pela humanização.

Impacto – Além de problemas com buracos em ruas, Lucélia sofria com muitas obras paradas. Qual a situação atual, conseguiu resolver estas questões?
Carlos Ananias – Estou muito feliz com a minha gestão. Obras paradas há anos foram entregues, como creche, piscina pública, centro comunitário do Jardim das Flores, Centro Odontológico, entre outras. As casas populares da vila Rennó também devem ser concluídas até o final da minha administração.

Também foram entregues a população as quadras da escola Carlos Bueno e de futebol sintético. Conquistamos as reformas das praças da Igreja Matriz e José Firpo, além de recursos para o estádio municipal e para rodoviária.

Impacto – Recentemente houve uma polêmica envolvendo a Administração Municipal com o Movimento 'Eu Amo Lucélia'. Qual seu posicionamento sobre a situação?
Carlos Ananias
– Para amar Lucélia, tem que nascer em Lucélia. Não consigo amar São Paulo, que morei lá. Gosto daquela cidade, mas não posso dizer que amo. Além disso, tem que conhecer as dificuldades, da periferia ao centro. Ter uma visão panorâmica, para saber se ama ou não.

Abri a Prefeitura para 'Eu Amo Lucélia'. Não podemos ser egoístas, temos que dividir, para que cada um possa dar a sua contribuição. Sou homem de somar, não de subtrair.

E neste tempo fizeram um grande feito para a cidade, o ponta pé inicial para o revitalização da praça José Firpo. Organizaram diversas ações, que sempre apoiei. Tenho muito carinho pelo 'Eu Amo Lucélia'.

Abracei grupo e conquistamos R$ 1 milhão para praça. E, em seguida surgiu a possibilidade deles administrarem a Santa Casa.

Passamos R$ 180 mil, por mês, e quando precisassem de mais, repassaríamos de acordo com as disponibilidades da Prefeitura e a legislação. Acreditei e acredito no grupo. Mas, na verdade, o que aconteceu, não mandei ninguém embora. Em nenhum momento me neguei em passar subvenção e ajudar. Em dois anos passei R$ 6 milhões.

Ajudei muito, tenho muito apreço e a Prefeitura continua aberta para eles colaborarem.

Outro exemplo de aliança da sociedade civil com o poder público é a Avapoc [Associação de Voluntários de Apoio aos Portadores de Câncer de Lucélia], que realiza importante trabalho em prol da comunidade local.

Impacto – Lucélia terá carnaval em 2020?
Carlos Ananias
– Hoje é muito difícil, mas vamos tentar. Como disse, a palavra é consertar e também retomar. Antes, era muito mais fácil organizar a festa, se fazia um evento com R$ 90 mil. Hoje o custo é de R$ 700 mil.

Claro que é um grande feito, mas as responsabilidades são maiores. Por isso trouxemos o rodeio, para resgatar o lazer, o brilho no olhar da população. Vamos tentar fazer o carnaval. Não posso dizer que vou fazer, mas vou tentar.

Impacto – Como é a relação entre os poderes Executivo e Legislativo?
Carlos Ananias
– Somos parceiros, um depende do outro. Existe a politicagem, os partidos e as indiferenças. Mas defino que o relacionamento é muito bom, tento agregar e respeitar. A palavra é apartidarismo, que faz a diferença, com o mesmo objetivo que é o bem comum. Claro tem alguns com indiferença maior, mas quero agregar todos.

Impacto – Como avalia o desafio de ser prefeito de Lucélia? Buscará a reeleição?
Carlos Ananias
– Temos que consertar as coisas, não sei se tem uma reeleição ou não, já dei minha base de contribuição para Lucélia. Tenho meu emprego em São Paulo, meu apartamento, quis voltar para a cidade – mérito do meu pai – para ajudar. Se nem Jesus Cristo agradou todo mundo, eu também não quero agradar. Sou limitado como todas as pessoas, mas sempre temos que apoiar a maioria, ajudar o mais humilde.

Acredito que quem deve sentar nesta cadeira são as pessoas polêmicas, que passaram por dificuldades, como preconceito. As pessoas que passam pela indiferença tem mais compaixão pelo outro, brigar pela Justiça.

E o futuro prefeito tem que parar com essa atitude de parar o trabalho que estava sendo desenvolvido apenas porque é oposição. Vamos dar continuidade, essa população não tem culpa, ela que paga nossos salários.

Mas, voltando, penso que dei minha contribuição para o povo, vim para dar minha contribuição para aqueles que sofrem tanto. Sobre a reeleição, hoje entrego para a Deus. Tenho meus planos, mas preciso me fechar, guardar e entregar para Deus. A população quer, mas não sei, deixa as coisas aconteceram.


Fonte: Impacto Notícias

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