Com "ombro novo", Isaura Menin treina no pedacinho da Espanha na costa da África
Nossa Lucélia - 12.08.2021


Buscando os 100%, a pivô Isaura Menin tem primeiros dias com a camisa do CB Zonzamas, time que representa Lanzarote, das Ilhas Canárias e suas paisagens de tirar o fôlego

LANZAROTE, ESPANHA - Isaura Menin e o handebol espanhol se reencontraram em um momento diferente. No período de aproximadamente dois meses entre a saída e o retorno, o ombro ficou "novo", e o clube também. A pivô de Lucélia – no interior paulista – defende agora o CB Zonzamas, de Lanzarote, que fica nas Ilhas Canárias, um pedacinho da Espanha na costa da África. Local paradisíaco o qual está encantando a jogadora. Esse é o terceiro time diferente que Isaura defende na Espanha. Antes, passou pelo Rincón Fertilidad Málaga e Balonmano Uneatlântico Pereda, de Santander. Nesses dois anos e meio de handebol espanhol, ela visitou belos lugares, e agora tem mais um para incluir na lista.

“Eu já vim à ilha para jogar contra algumas equipes, mas não nessa que eu estou agora, pois subiu agora para a liga. Eu me encantei com as praias, o lugar e, principalmente, o clima, pois é parecido ao do Brasil. Aqui faz bastante calor durante o dia e é fresquinho à noite. Na verdade, moro em uma cidade pequenininha, e tem tudo que a gente precisa. É tudo pertinho. Praia fica a alguns minutinhos de carro, mercado também”.

As paisagens exuberantes e a alegria por poder morar em um local como esse estão fazendo parte da vida da pivô logo depois dela precisar ter muita dedicação e resiliência. Seria até uma recompensa!? Isaura precisou se recuperar de uma lesão, período crítico na vida de todo atleta, principalmente pelo momento em que aconteceu... Quando tinha grandes chances de defender a seleção nas Olimpíadas.

A jogadora chegou ao Oeste Paulista no final de maio e ficou durante todo o mês de junho ao lado da família em Lucélia, onde também fez a primeira etapa da recuperação em uma clínica. Em julho, partiu para o Paraná, a fim de dar seguimento à reabilitação e, em seguida, seguiu até Concórdia, em Santa Catarina.

“Em Lucélia, eu foquei no ganho de mobilidade e na diminuição da inflamação no ombro, já que a cirurgia ainda era muito recente. No Paraná, comecei a fisioterapia e a preparação física. Mas foi em Concórdia que eu terminei meu tratamento com o fisioterapeuta do meu antigo time”.



Enquanto passava pelo processo de recuperação no Brasil, Isaura recebeu algumas propostas de clubes europeus. E a escolha foi feita. No dia 27 de julho, a pivô retornou à Espanha para integrar o novo time (veja abaixo a divulgação realizada pela equipe e lances da pivô).

Após dois meses sem ter contato com a bola, a jogadora retornou aos treinos no último dia 2, quando teve início a pré-temporada do Zonzamas. Mesmo não estando 100%, ela pegou firme nos treinos junto com o novo time, sem deixar de ter cuidado extra e respeitar o passo a passo do procedimento pós-lesão.

“Está sendo bastante intenso. Estamos treinando duas vezes ao dia, no período da manhã e à noite. Depois da lesão, esse foi o meu primeiro contato com a bola. Mesmo não estando totalmente recuperada, ainda tenho o mês de agosto para me preparar com o meu clube. Agora o meu foco é fazer fortalecimento e ganhar massa muscular para poder sustentar o meu ombro. Mas, a princípio, já estou fazendo alguns passes e arremessos mais tranquilos, sem muita força, para ganhar confiança aos poucos”. (Isaura Menin, pivô)

OLIMPÍADAS ADIADAS

A lesão do início do ano fez Isaura dar adeus ao sonho de participar das Olimpíadas de Tóquio. O nome da atleta até chegou a constar na lista pré-olímpica de uma das etapas de treinamento mas, em março, quando ocorreu outra fase preparação, ela não conseguiu participar.

“Creio que todo atleta de alto nível quer está lá. Esse é o sonho de todos, e o meu foi adiado. Poderia estar lá? Poderia, mas isso acontece. Foi difícil acreditar no começo. Agora estou confiante de que voltarei bem e, se Deus quiser, estarei pronta para novos desafios e, quem sabe, para uma outra oportunidade nas Olimpíadas”.

Mesmo fora da competição, Isaura acompanhou o handebol feminino pela televisão e torceu por algumas de suas colegas do Brasil e da Espanha. Os países que ocupam o coração da jovem se enfrentaram, e as espanholas levaram a melhor, porém também caíram na primeira fase.

“Torci muito por elas durante os jogos, mas infelizmente não deu para a gente se classificar (Brasil). Elas foram guerreiras e demonstraram muita garra nessas Olimpíadas e, além de tudo, mostraram respeito dentro do handebol”.


Fonte: Izabelly Fernandes _ Lanzarote, Espanha / Colaborou João Paulo Tilio

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